Quem sou eu

Jornalista por vocação... Professora de jornalismo por idealização... Mestranda por determinação... Mãe/esposa por opção e realização

domingo, 18 de setembro de 2011

Voltando...

Após um tempo, longo tempo, sem escrever (por falta de tempo, por preguiça)ontem escrevi para meu filho Lucas Gabriel que está desolado com a perda do amigo Matheus, de apenas 17 anos. Então decidi postar para compartilhar com todos o que para mim também foi muito triste, afinal amigos dos filhos são um pouco nossos amigos também.

Morte

Como ensinar um filho adolescente a lidar com a morte? Com as perdas?
Como fazê-lo entender/aceitar que o amigo se foi?
Com apenas 17 anos Matheus se foi.
O câncer venceu a batalha final.
Não ensinamos isso aos nossos filhos. Pais/Mães também não são preparados para perder seus filhos.
Nós os preparamos para nossa partida, para a partida das avós, dos mais velhos, mas dos amigos? Não!
Lendo sobre leucemia semana passada, ele tinha acabado de saber que tinha cura e ele já combinava com os amigos que todos iam raspar os cabelos e as meninas um pedacinho da sobrancelha para recepcionar Matheus na sua volta ao colégio. E agora?
Agora, aquela carteira nunca mais terá Matheus. O jogo na quadra nunca mais terá seus gritos e sorrisos. A árvore da esquina onde os amigos se reúnem antes e depois das aulas nunca mais terá a sua presença, o seu humor. A festa de formatura do 3°ano não será a mesma. A lista dos aprovados no vestibular não terá o seu nome.
Não, nunca mais estes meninos e meninas serão os mesmos, sentiram a dor da perda do amigo. Estão confusos, estão perdidos.
Mas, vamos olhar as coisas por outro ângulo. Que festa, que evento, que comemoração, que jogo ia reunir tantos amigos com um mesmo propósito?
Nada! Nada ia fazer com que todos estivessem em uma mesma sintonia, mas Matheus conseguiu. Essa foi sua missão, fazer com que todos sentissem a dor da perda para desde já entenderem o quanto precisam ser bons amigos, bons filhos, bons cristãos.
Essa é a vitória de Matheus contra qualquer batalha, trazer a união.
Afinal, a morte não é o fim, é apenas uma passagem.
Matheus não morreu, pois só morre aquilo que não é mais lembrando e ainda hoje, quantos não se lembram dele a todo momento?
Ele apenas partiu de encontro ao abraço do Pai. Apenas passou para a sala seguinte. O que quer que Matheus tenha sido na vida de cada um daqueles adolescentes que vi com olhos espantados tentando entender o que estava acontecendo, continuará a ser eternamente.
Então meu filho, amigos de Matheus, não encarem a morte como uma perda, é apenas uma separação temporária.
Continuem a lembrar Matheus, chame-o pelo apelido carinhoso que sempre o chamaram. Falem dele da maneira que sempre o fizeram. Não mude o tom quando se lembrarem dele, não usem nenhum ar solene ou de dor.
Sorriam como sempre fizeram das piadas que desfrutaram juntos.
Deixe que o nome Matheus seja uma palavra comum no colégio, nas viagens, nas festas, nos jogos, como sempre foi.
A vida continua a ter o significado que sempre teve. Existe uma continuidade absoluta e inquebrável quando somos amigos e vocês provaram ser. Matheus ficará esquecido apenas porque não está mais diariamente entre vocês? Claro que não! Ele agora está à espera de vocês, como num intervalo, bem próximo, lá embaixo da árvore na esquina.
Está tudo bem! Orem por ele, rezem por ele, lembrem dele.
Como conforto, saibam que Deus precisou dele para alguma missão, pois a daqui ele cumpriu brilhantemente, mostrou a vocês que não sabemos o tempo de nossa estadia por aqui, então vivam da melhor forma possível, como viveu Matheus, para que na despedida de cada um de vocês, um dia, todos possam sentir que um grande menino, um grande aluno, um grande amigo, um grande filho, um grande filho de Deus viveu entre nós.

quarta-feira, 21 de julho de 2010

Programação Festival Inverno de Campina Grande
DIA 23
Abertura Festival – Espetáculo Delírio: Ângelo Madureira/SP – Procissão das Artes
Sesc,19h30
DIA 24
Jorge Ribas e Musical da UFCG, Pç Bandeira, 10h30
Pedro Portugal Produções/PE: Guerreiros da Bagunça”, Sesc , 15h
Zeca Baleiro/SP, Garden, 20h30
DIA 25
Cia do Gesto/RJ: Grand Circo Sem Lona de Um Homem Só, Pq Criança, 15h
Trupe Arlequim e o Grupo CEGA/JP: Nada Nenhum Ninguém..., Sesc , 19h
Comemoração do Ano Internacional da Dança com Grupos, escolas e academias de CG. Participação Especial: Cia Vidança/CE – Pablo Ruiz e Romina Juarez/Argentina, Garden, 09h às 19h
DIA 26
Guerreiros do Ritmo/Hip Hop e Cia Vidança/CE: Catu Macã: Guerra Bonita, Pç Bandeira, 16h0
Cia do Gesto/RJ: A Margem, Sesc, 20h
DIA 27
Teatro
Cia Abração/PR: O Trenzinho do Caipira, Sesc, 15h
Show MPB/CG: Ehtre Elas, Pç Bandeira, 17h
Brincante Produções Artísticas – Antonio Nóbrega: Naturalmente/SP, Garden, 20h30
DIA 28
Grupo Heureca/CG: Dona Tanajura não quer voar, Sesc, 15h
Show MPB/CG: Ehtre Eles, Pç Bandeira, 17h
Cia 3 de Paus/SP: Lado B – Michelle Saramago e Cícero Gomes/BH/RJ: Ballet de Repertório, Garden, 20h30
DIA 29
Música
Recital Poético e Violeiros Cantadores, Pç Bandeira, 18h
Grupos Populares CG: O Auto do Bumba-Meu-Boi, Sesc, 20h
DIA 30
Cabruêra/CG, Pç Bandeira, 18h
Acupe Produções Artísticas/PE: 5 Minutos para Blackout, Sesc, 17h
DIA 31
Grupos Populares PB: Dia D da Dança, Pç Bandeira, 10h
Cia Marcia Milhazes/RJ: Meu Prazer – Encerramento Festival de Inverno, Sesc, 20h30

sexta-feira, 16 de abril de 2010

Saudade

Há horas em nossa vida que somos tomados por uma enorme sensação de inutilidade, de vazio. Questionamos o porquê de nossa existência e nada parece fazer sentido. Concentramos nossa atenção muito mais nas perdas do que nos ganhos.
Ao nascer, perdemos o aconchego, a segurança e a proteção do útero. Estamos, a partir de então, por nossa conta. Sozinhos. Começamos a vida em perda e nela continuamos.
Paradoxalmente, no momento em que perdemos algo, outras possibilidades nos surgem. Ganhamos os braços do mundo ao nascer e ele na maioria das vezes nos acolhe com seus encantos. Também nos assusta, pois nos eleva e nos destrói. E continuamos a ganhar... e a perder.
Perdemos a inocência da infância. A confiança absoluta na pessoa que nos segura a mão, que nos diz que não vamos cair da bicicleta quando tirar as rodinhas, que não vamos morrer afogado pois ele/ela vai nos segurar, que nada nem ninguém vai nos magoar. Mas adquirimos a capacidade de questionar. Agora são muitos os por quês? Perguntamos a todos e de tudo. Queremos abrir muitas portas e irremediavelmente deixamos de perceber as janelas.
Nascer... crescer... amadurecer... envelhecer... morrer!!!
Passamos pela vida com conquistas e perdas. Aos poucos perdemos alguns direitos: não podemos mais chorar alto (nem sorrir também). Perdemos o direito de ser verdadeiro, de dizer absolutamente tudo que nos passa pela cabeça. A verdade não é vista como um valor, ela fere, machuca, temos de mentir para nos salvar. Crescemos, e nos ensinam que não devemos ser tão sinceros.
E aprendemos. Vivemos em conflito. O mundo nos parece inadequado aos nossos sonhos (esse nós ganhamos todos os dias, ninguém nos tira).
Mas a vida é real! Nos achamos equilibrados, contidos, ponderados. Deixamos de ser espontâneos. A razão domina (ou deve dominar) a emoção.
Amadurecemos... e isso nos faz perder o direito de dar boas risadas, de andar descalço, de tomar banho de chuva, de lamber os dedos, de viver. Não podemos mais correr para o abraço e pular no pescoço de quem amamos. Não podemos abraçar nossos amigos/amigas como queremos, não podemos passear na rua de mãos dadas com amigos do mesmo sexo, as pessoas nos olham feio (com medo) quando recebem um bom dia ou dizemos que as amamos.
Estamos ganhando tempo, enquanto envelhecemos.
De repente as rugas são visíveis, as dores aparecem quase que diariamente, ganhamos peso e perdemos cabelos (quase sempre). E nos damos conta que perdemos também o brilho no olhar, deixamos de sorrir. Perdemos a esperança. Somos velhos em um país que não respeita seus idosos.
Embora não saibamos se existe um renascer, não podemos passar por aqui sem pedir ou dar um perdão, sem compreender, sem ganhar e perder, sem chorar e sorrir, sem viver, afinal sempre podemos ter alguém para massagear nossas dores, sempre podemos comentar as histórias que acompanham cada ruga, sempre podemos manter o bom humor e a ousadia.
E, principalmente, que não digamos apenas eu te amo, mas ajamos de modo que aqueles a quem amamos, sintam-se amados mais do que saibam-se amados.

16 de abril, data em que deveria estar comemorando o aniversário de vida de minha mãe (Rosa, quanta saudade), recebo logo cedo a notícia de que perdi mais um amigo na violência que impera em nossa cidade. Helton, exemplo de simplicidade. “Qualquer dia amigo a gente vai se encontrar...”

terça-feira, 13 de abril de 2010

Somos um celeiro de talentos e não precisamos passar por isso

Esta semana minha caixa de mensagens ficou repleta de e-mails de pessoas comentando (e mandando assistir) o vídeo em que a atriz Susana Vieira ridiculariza o agreste de Pernambuco. Apesar de já ter algum tempo do ocorrido, decidi comentar o assunto.
Em uma coletiva em Caruaru, a atriz Susana Vieira explica aos jornalistas como se feriu ao bater em uma árvore e um galho ter machucado seu olho, até ai tudo bem, só que esta informação é passada pela atriz da seguinte maneira: “não sou acostumada com selva, moro na Barra da Tijuca no Rio de Janeiro e feri meu olho numa árvore que está seca há cinco mil anos”.
A atriz esqueceu que uma das novelas globais em que ela mais fez sucesso foi a que retratou a vida de uma mulher nordestina batalhadora e guerreira? (Senhora do Destino).
Sônia Maria Vieira Gonçalves (é esse o nome da dita cuja) foi além durante a coletiva perguntando aos jornalistas como era mesmo o nome da cidade em que estava (Caruaru), e continuou ironizando quando comentava o problema no olho, dando a entender que há apenas três bons oftalmologistas no município.
Ao comentar que estava “morrendo de saudades do namorado” (que tem idade para ser seu neto, e tenho minhas dúvidas se estaria com ela se a mesma fosse uma idosa com um benefício mensal de um salário mínimo) a referida atriz disse que para pode manter contato com seu namorado, só mandando sinal de fumaça. “A ligação com o mundo externo, daqui [agreste pernambucano] com o Rio de Janeiro, é feito através de sinal de fumaça de índio ou tambor, meus celulares não funcionam”, ridicularizou mais uma vez a criatura.
Pois é, infelizmente a cultura (???) de alguns nordestinos ainda é pensada em cima da ideia de que só pessoas que circulam nas tvs e nas páginas de revista de fofocas fazem sucesso. Pensando nisso a produção do espetáculo em Pernambuco convidou Susana para interpretar, vejam só, Maria, mãe de Jesus, na paixão de Cristo de Nova Jerusalém. E ela já chegou querendo mudar a história, dizendo que não ia ficar ao pé da cruz só olhando o filho morrer, pois mãe que é mãe não faria aquilo.
Na contramão, parabéns aos produtores do espetáculo “A Paixão da Sagrada Família” apresentado em João Pessoa/PB, que foi sucesso de público com atores desconhecidos de grande parte dos espectadores.
Finalizo este post com um comentário maravilhoso de minha amiga (e patroa, rs) Alana Fernandes: "Os produtores culturais do Nordeste (não todos, felizmente!), erroneamente acreditam que os espetáculos produzidos aqui, só dão público se contarem no seu elenco com as "estrelas globais". O resultado, quase sempre, é desastroso! A maioria vem só por causa do "gordo" cachê que é oferecido e não se empenha para fazer um bom trabalho. Já tive o desprazer de contracenar com Lavínia Vlasak e pude constatar in loco. Nem o texto ela decorou. Parecia dublagem de novela mexicana, e olhe que o áudio era a própria voz dela! Agora foi a vez de uma velha inxirida metralhar sua verborragia contra nós! Afff... até quando teremos que suportar essa vergonha? Somos um celeiro de talentos e não precisamos passar por isso!”

quarta-feira, 7 de abril de 2010

7 de abril: Dia do Jornalista

"O jornalista é um poeta delicado: sempre acha o rascunho mais sincero do que o texto publicado". A frase é atribuída a Mário Quintana.
Os motivos para comemorar esta data são infinitos, afinal nesta profissão aprendi (aprendo, diariamente), muita coisa, principalmente o que não se deve fazer. Aprendi também a lidar com pessoas (com seus defeitos, gostos, desafetos, narcisismos e os que são gente boa – gente do bem).
Mas hoje resolvi agradecer a alguns jornalistas que estão (ou passaram) na minha vida e se tornaram exemplos e/ou grandes amigos. Afinal, sem eles eu não seria a profissional que sou hoje, Na nossa profissão, muito mais do que fontes, dependemos do apoio dos colegas.
Com medo de errar, mesmo sabendo que vou deixar de escrever alguns nomes, vou citar alguns personagens primordiais para a minha existência jornalística.
Ao grande Josusmar Barbosa (o Manso), por me ensinar tanto quanto qualquer professor e que diariamente me dá mostras de como devemos proceder com as pessoas. Um mestre na arte de ensinar a 'dá um migué' (rs).
A Bastos que apesar do pouco tempo de convivência me tornei uma grande admiradora da sua maneira de liderar.
Aos que sempre mantenho contato e se tornaram figuras indispensáveis no exercer da profissão: Camila Mota, Elane, Denise Helena, Flavinha, Zuyla, Leonardo Alves e Siqueira (o galeguinho dos zói azul).
Aos repórteres do Jornal da Paraíba que entendem minhas loucuras diárias em busca de trazer na edição do dia sempre a melhor matéria para o leitor: João Paulo, Tiago, Silvana e Alberto. Aos fotógrafos Nicolau de Castro e Leonardo Silva pelo belo trabalho exercido diariamente (extensivo a Xico Morais).
Aos que já passaram por minha vida corrida e apaixonante e deixaram saudades: Fernando Milani, Arão de Areia, Cícero Félix, Drica, Lenildo, Esdras Marchezan, Francinete Silva, Rebeca Casemiro, Paula Brito, Rodrigo Apolinário, Tarcísio Araújo.
A Claudeci Ribeiro, por me mostrar como se faz um bom trabalho de edição.
A Souto Maior, Angélica Lúcio, André Cananea, Astier Basílio, Renato Félix, que fazem parte da equipe do jornal, na redação em João Pessoa, e com quem aprendo cada dia um pouco mais.
A uma amiga jornalista insubstituível: Rosângela Araújo, ex-companheira de trabalho e companheira de uma vida inteira.
Aos que me atendem tão bem sempre que solicitados: Dr. Herbert Targino, Orlando Ângelo, Helda, Karina Araújo, Marinilson, Astrogildo, Carlos Magno, Josué Cardoso, João da Paz, João Pinto, Severino Biu, Capitão Hilmário, Carla Borba, Ana Cláudia Papes, e por ai vai...
Aos amigos/professores/jornalistas do Curso de Jornalismo das FIP, em Patos, que se tornaram cúmplices de todas as segundas-feiras: Flaubert, Ada, Cosma e Silvia.
Aos novinhos jornalistas que vem por aí: Taiguara, Dayra, Alba, Clara Maria, e todos os meus ex e atuais alunos nas FIP, por me deixarem ensinar o que sei. Torço por vocês!
A professora Cássia Lobão por um dia ter passado em minha vida e me mostrado como se fazer jornalismo.
A Ana Rangel e Giovana Cadena (do Departamento Pessoal do JP) que se tornaram um pouco jornalistas me trazendo sugestões de pautas e me socorrendo nos assuntos econômicos.
A Edneide e Taline por entenderem minhas urgências quando preciso de uma ligação telefônica.
Aos que escolheram uma das profissões mais apaixonantes de se exercer.
Parabéns para nós!

sábado, 5 de dezembro de 2009

Minhas desculpas

Gente, quem é jornalista sabe a correria que é uma redação no final de ano... pautas do dia, pautas especiais p o domingo,pautas especiais p Natal e Ano Novo... acompanhar pautas especiais, checar andamento das matérias, vê se as fotos estão sendo agilizadas... loucura!!!

Quem é professor sabe o que é final de ano... fechar disciplinas, preparar provas, corrigir provas, entregar notas, escutar alunos, entender alunos, passar alunos, entregar atas, entregar diários... loucura!!!

Quem é mãe sabe o que é final de ano... filho de férias, sem ocupação, muito tempo livre procurando o que fazer, você sem tempo de dar atenção... loucura!!!

Quem é ser humano sabe (normalmente) o que é final de ano... compras para fazer, contas para pagar, casa para arrrumar, árvore de natal para enfeitar, presentes de amigo secreto para comprar, confraternizações para participar, loucura!!!

Portanto me desculpe a demora nas postagens, em janeiro volto a atualziar o blog. Bjs